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sexta-feira, 8 de março de 2019

Sinceramente

Bom dia!

"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura."  (Marcos 16 : 15)

"E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento."  (Mateus 22 : 37) "E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo."  (Mateus 22 : 39)

Nos últimos tempos, tenho "sofrido" muito com alguns pensamentos e meditações a respeito do amor. Calma! O que quero dizer é que ao pensar no amor e me deparar com a sua forma de ser e com a significação do seu existir, me remete a algo que eu sei que não sou o único na face da terra que "emperra" nisto: amar o outro.

Ás vezes, encontramos o problema no outro, quero dizer, encontramos no outro muitas razões para não conseguirmos amá-lo, mas seria essa a razão para não amá-lo, mesmo?

E assim, me deparo em muitos dias, nesta questão, amo alguns mas outros não consigo. E isso, me deixa esquisito, muito esquisito.

Por isso que fui tentar achar respostas para o meu "não amor" para com alguns, tentei meditar na Sagrada Escritura, tentei olhar para os outros, olhei para mim mesmo, olhei para outros escritos e no final de tudo o que encontrei: mais algumas dúvidas.

Mas o ponto de partida, confesso que está em mim. Mas acredito que consegui um norte!

Quando lembro de amor, e falo do amor supremo, lembro de alguns textos como os descritos acima, mais o de João 3:16, e estes estão todos relacionados, mas vi que posso me deter em algumas particularidades nestes textos.

Jesus disse, sobre o Evangelho, para irmos e falarmos Dele a todos. E está em cada um uma resposta pessoal e diante do Criador. Falamos do Amor de Deus as pessoas, o qual é real e imutável, mas está em cada ser a responsabilidade de receber a semente e deixá-la florescer em seu coração. É claro que somos cooperadores da obra de Deus, podemos ajudar as pessoas para que possam entender melhor esse amor, e claro o Espírito Santo é o que pode tudo nisso, mas ainda sim o próprio Deus disse que QUEM CRER será salvo, então existe esta situação peculiar diante das Boas Novas, certo? Existem responsabilidades distintas aqui, cada uma em sua importância. E é claro que ao querermos falar de Cristo ao outro,é porque o amamos mas uma instrução foi dada, e nela está implícita o amor, do próximo e de Deus, mas também há uma ação individual, do emissor e do receptor.

E porque pregaríamos então as Boas Novas a alguém? Porque amamos a Deus ou porque amamos o próximo? Nesta situação, me deparo em verdade que o fato de falar de Deus para alguém, em muitos e em muitas situações, nem sempre podem passar pelo "amor", mas pela gratidão, pelo próprio Espírito Santo (é óbvio), por sentir-se amado, e infelizmente as vezes até por um interesse próprio, mas o que quero entender, e entendi, é que a mensagem da cruz relata o amor, expressa o amor, transmite o amor, mas as vezes o amor não é mola propulsora deste mandamento, quando na verdade deveria ser em tudo o que fizemos nesta terra.

Então, se a mensagem da cruz, por vezes, pode ser ministrada como uma ordenança em lugar de amor, creio que ela retrata uma conduta da Obra Salvífica de Cristo. Nisto repercute a obra da Cruz, que no fundo é resultado de amor, expressa o amor supremo e mostra a importância do ser humano para a pessoa de Deus. A Escritura retrata que Deus após a criação achou bom o que fez, provavelmente deve ter gostado muito de tudo, mas viu no homem o que a falta de amor faz, por isso enviou seu filho, por isso veio em carne, por isso abriu mão de sua glória e se manifestou aqui neste plano para nos fazer sentir o amor que devemos sentir.

Tudo, impecavelmente, Deus fez tudo certo e nos mostra tudo, mas chega a nossa vez de expressar, viver e falar de tudo isto. E agora? Como disse, como faremos ou porque fazemos?

Sinceramente, ainda estou no processo de entender o porque faço, qual a mola propulsora de tudo em mim, sei que existem muitas situações, mas uma coisa eu sei, que Deus conhece meu coração e sabe que eu tenho Nele um grande apreço e uma gratidão por sua Palavra.

As vezes olho para a ordenança mais do que para o sentimento, sigo a instrução mais do que colocar-se no lugar do outro, mas eu sei que junto a isto também tem um grande atributo de Deus no homem: fé. Ela me indica tanto o amor como a instrução, as duas andam juntas e porque não dizer que fé, instrução e amor caminham juntas, mas confesso que destes, o amor é o que me desafia, me remete ao que sou e isto por vezes mostra que preciso melhorar, e pensando nisto tudo, que bom ser desafiado por Deus, pois Ele conhece nosso ser por inteiro e sabe tudo o que podemos "render" em suas maravilhosas mãos.

Deus, eis-me aqui. "Vamo junto"...

Abraços!
NunoAbruzzi

2 comentários:

  1. Nuno, o amor de Deus por nós é o maior exemplo que temos, deu seu filho por todos os nossos pecados, e isto não tem como mensurar, quem faria né? Quanto ao próximo, o que posso dizer neste momento, que a melhor maneira de entender o próximo é se colocar no lugar dele, nas mesmas situações, entender como foi criado e de onde vem tudo o que ele expressa hoje. Nada é por acaso, e Deus sabe o que faz com cada um de nós. A solução dos problemas mundanos é a falta de amor ao próximo, e o egoísmo que não sai do nosso dia a dia. Abração, fique com Deus

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  2. Oi Jab, obrigado pelo retorno. Abraços mano.

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